quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Infinita Estrada

Passar um dia na estrada

Cansativo

Porem as companhias no ônibus compensa

Confesso que fico apreensivo

Ao andar por ruas escuras e desertas

Ao redor apenas mata

Sem saber por onde estou passando

Tudo representa um mundo novo

E se estivermos completamente enganado?

Se estivermos correndo pro lado errado?

La fora ora o sol, ora a chuva

E aqui dentro uns jogados dormindo

E outros assistindo

O belo espetáculo das árvores passando

Correndo através da janela

E o tempo vai junto com elas

E a paisagem se repetindo

Parece que nunca saímos do mesmo lugar

Dentro do ônibus

Não vemos o tempo passar

Porem eu vejo lá fora

As placas passando

E cortando meus olhos

E vejo as cidades ficando pra trás

Enquanto eu estudo uma música suave

Do meu lado uma menina linda está dormindo

E lá na frente o motorista sorrindo

Tentando ficar acordado

Olho para trás e nada mais

Todos dormem

E eu perdido em pensamentos

Tentando imaginar, quando vamos chegar

E tudo passa pela mente

O beijo que eu não tenho

E ao invés disso uma bala de menta

Que lembra sua boca

E eu acabo cochilando por alguns segundos

E num clarão

Eu juro que te vi na estrada

Isso é obsoleto

Tenho visões e vejo miragens

Mas eu só queria ver sua imagem

Pois sinto saudades...

Olho pelo reflexo da janela

E no outro banco vejo uma menina linda

Mas nem ela faz eu esquecer você

E o que eu mais desejo

É te ver

Lá fora eu vejo a geada

A neblina gelada

Da geada do sul

E sinto que estamos perto da chegada

Voltando da longa Foz do Iguaçu

Lá foi muito bom

Mas como é bom voltar para o Rio Grande do Sul

E o ônibus corre

Nas curvas dessa longa estrada

E eu não querendo mais nada

Apenas estar do seu lado



André Feijó Alvarez

Na estrada de Santa Catarina, 02 de dezembro de 2010

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