quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Tempestade



A escuridão cobria nossas vidas
O dia havia se tornado como a noite mais escura
E a tempestade não perdoava
A chuva batia forte no telhado
E eu a escutava deitado
Tentando me aquecer
Esquecer
Aquele frio na espinha
Gelado me deixava
Não tinha como evitar ao ouvir a força dos ventos
Ou o clarão dos raios
E aquelas lembranças não saiam da cabeça
Me castigavam
Eu queria parar de lembrar
Mas as lembranças não me deixavam
Fechava meus olhos
E a chuva me fez sonhar
Que a vida era um pequeno barco, 
jogado em um imenso mar
Eu estava em um barco no oceano
No meio de uma tempestade que não queria acabar
Parecia sem força para aguentar todo o poder do vento
Tinha medo dos raios
Eu ali era insignificante, perto do tamanho do mar
Era fraco, perto do poder dos raios
Nossa vida não é nada
E mesmo assim, causamos tantos problemas 

23-02-2015

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