Sempre a via subir no ônibus
Muitas vezes em pé na minha frente ficava
Desembarcava rápido
Mas sempre que ela chegava
Sentia que o tempo parava
E eu, assim como o tempo
Também congelava
Não conseguia parar de olhar
Nem com ela falar
Seus cabelos loiros
E seus olhos em tons claros
Que nunca olhavam para lugar nenhum
Nunca olharam para mim
E eu continuo assim
Apenas a admirando
Querendo tirar um riso
Do seu rosto sério
Sua pele branca me hipnotizava
Desde a primeira vez que a vi
Meus olhos se perderam
Era um ser angelical
Com um corpo fenomenal
Com certeza a menina mais linda que já vi
E por quem me perdi
Sem ao menos conhecer
Ou lhe ouvir
Dia pós dia
A gente se encontrava
Algum dia ela faltava
E no outro aparecia
E eu ali
Não sabia
Quem era
Apenas onde subia e descia
O tempo foi passando, e nunca mais a encontrei
Nem nos ônibus da vida
Nem outro lugar
Nunca soube onde procurar
A bela misteriosa
Que eu sempre quis encontrar
E esse poema entregar
André Feijó Alvarez
04/07/2017
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